sexta-feira, dezembro 31, 2004

E eis que 2004 chega ao fim. Tomei consciência há pouco que este foi o primeiro ano totalmente dedicado ao curso. No outro dia li esta frase de uma boa amiga do curso “Espero sobreviver a um curso que não me deixa viver”. É verdade, não nos sobra muito tempo para o nós que existe fora daquelas paredes do antigo-futuro parque de estacionamento da FEUP (sim, eu tenho aulas num edifício que já foi, ou já esteve para ser, um parque de estacionamento... já agora, boa ideia para 2005 era um edifício novo para nós... não? Ok.). Este ano lectivo nem me posso queixar muito, tenho menos cadeiras, não é tão pesado, mas ainda assim exige muito de nós. Muitos stresses passei durante este ano. Mas, agora olhando para trás, vejo o segundo semestre do 1º ano como a época de maiores neuras e frustrações: eram 12 cadeiras, um horário diferente em cada semana (viva as reposições...), dois trabalhos feitos pela turma toda... enfim, um desgaste físico e emocional que não há maneira de qualificar. No fim, com a chegada das férias, dei comigo a ver o semestre como algo muito positivo e feliz por chegar ao fim com tudo feito. Algures a meio deste semestre chegou o fim da praxe, a altura de trajar pela primeira vez... as lágrimas que me escorreram na face no momento em que deixei de ser caloira demonstraram o que esta fase representou para mim e as saudades que iria deixar.
As férias chegaram... mas não por muito tempo, havia exames em Setembro das malditas cadeiras do primeiro semestre que tinham ficado para trás.
Exame de BB... acabei o exame com a sensação “bolas, não fiz nada de jeito, lá vou ter que ir assistir às aulas do primeiro ano...”, pensava eu que isto era o pior que me podia acontecer. Mas eis que chega a notícia, dada por uma das colegas mais velhas: BB tem precedência. Reprovar naquele exame significava perder um ano inteiro. O exame de ICS também veio, mas fez-se. E chegou o dia de ver a nota de BB. Não estava afixada, estava numa capa, que uma auxiliar guardava. Ela bem viu o meu ar de desolação quando vi a palavra reprovado repetida três vezes. Eu e mais dois amigos tínhamos ficado para trás. Custou aceitar a ideia de reprovar um ano, ainda por cima por uma mísera cadeira que, aparentemente, nada tem a ver com o curso. Mas tivémos que nos resignar, começámos o 2º ano sem três das cadeiras que os nossos colegas tinham.
No final de Setembro também chegou a altura de conhecer os caloirinhos e de praxar pela primeira vez. E desde aí tenho-me divertido imenso à custa dos caloiros, são uns porreiros! E muita saudade de ser praxada também...
Aulinhas de novo... novos professores, novas matérias... e trabalho. Bastante até. Até agora o semestre não está a ser tão interessante como o de que falei acima, mas ainda assim interessante qb. Acentuou-se o gosto pela área de Voz (acho isto um ponto bastante importante!).
Hoje, despeço-me do ano que teve coisas boas e outras más (não será sempre assim?). Balanço positivo ou negtivo? Positivo, julgo eu. Ou então é a minha mania de ver sempre as coisas pelo lado bom... será?
Feliz 2005.

<< Home