segunda-feira, novembro 21, 2005

Simulação surpresa de frequência de MI.
Apesar de ter sido com consulta e a pares cheguei a uma só conclusão: tenho que estudar MI. E muito!

sexta-feira, novembro 18, 2005

Programa para o dia

Tarde: Conferência - Argumentos a favor de uma educação bilingue para a criança surda.
Noite: Encontro de tunas masculinas organizado pela Tuna Masculina da ESTSP.

:)

quinta-feira, novembro 10, 2005

Ontem, enquanto fazia horas para a aula de LGP, fui até à Fnac procurar um livro que me seria útil para um trabalho. Ao entrar a primeira surpresa: loja demasiado cheia para um dia de semana a meio da tarde. Ao avançar segunda surpresa: uma fila enorme de pessoas. "Deve estar a haver uma sessão de autógrafos", pensei eu. E, de facto, estava. Toda aquela gente era fã(nática) do senhor Vítor Baía que estava a apresentar o seu livro. Resolvi ir directamente para o andar de baixo, para fugir àquela confusão e procurar o tal livro. Quando o encontrei queria sentar-me nos sofás que lá há, mas estava tudo cheio de gente, até que me lembrei que numa outra área da Fnac há um outro sofá em frente a uma televisão, onde está normalmente um DVD a ser exibido. Fui até lá e tive sorte, um lugarzito no sofá que era, por sinal, bem mais confortável do que os outros. Na TV passava o DVD do Live 8, o que também era agradável, sempre gostei de estudar com música. Dediquei-me então ao livro, o DSM-IV - Casos Clínicos. O DSM é um Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, o manual que serve de base à cadeira de Psicopatologia. Como vou ter que fazer um trabalho sobre uma certa perturbação, apresentando um caso da mesma, estava à procura neste livro de alguns casos para ter alguma ideia de como eram relatados os casos, como se manifestavam os sintomas e assim. Estava então a ler os casos da Perturbação da Adaptação quando um dos funcionários da Fnac nos pergunta (a mim e ao senhor que estava sentado ao meu lado) se não nos importávamos que ele interrompesse o Live 8 para fazer uma audição de um outro DVD. Então lá apareceu um outro senhor com o DVD que queria comprar, mas sem antes o testar ali. Começa a tocar. Musical Carmen. Não é propriamente algo que ajude a minha concentração, mas com esforço estava a conseguir. Até que o comprador disse "Hum mas isto não se ouve ainda bem... aquelas colunas ali atrá estão ligadas? Ora ponha um bocadinho mais alto". Musical Carmen. Mais alto. Muito alto, a ecoar na minha mente. E eu a tentar ler o caso da Sra. A. que se sente insatisfeita sexualmente. E o Carmen a tocar, aos berros. E o senhor comprador maravilhado! Entretanto recebo um telefonema, da minha irmã. Claro que mal a ouvi... porque o Carmen estava aos berros à minha volta.
A partir de ontem, as Perturbações da Adaptação vão estar associadas ao Carmen. Medo.

sábado, novembro 05, 2005

A Afasia – O que é?

Antes de se perceber o que é a Afasia é necessário ter algumas noções do funcionamento do sistema nervoso. O Sistema Nervoso divide-se em Central e Periférico, sendo o Central o que nos interessa neste momento. Como constituintes do Sistema Nervoso Central temos a medula espinal e o encéfalo, este último constituído pelo cérebro, cerebelo e tronco cerebral. No fundo, tudo isto para chegar ao cérebro. O cérebro divide-se em dois hemisférios, direito e esquerdo, e cada um deles está dividido em quatro lobos: frontal, temporal, parietal e occipital. É possível identificar em cada um destes lobos áreas responsáveis por diversas funções, tais como actividades motoras, sentidos, linguagem, etc. Assim, podemos identificar áreas responsáveis pela linguagem nos lobos frontal e temporal. Na maior parte dos dextros e em mais de metade dos esquerdinos estas áreas situam-se no hemisfério esquerdo, sendo este o hemisfério da linguagem por excelência. No lobo frontal temos, então, a Área de Broca e no lobo temporal a Área de Wernicke:

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Falemos então de Afasia. Em termos gerais podemos definir afasia como uma perturbação da linguagem produzida pela lesão das respectivas áreas cerebrais. Esta lesão é, em geral, resultado de um acidente vascular cerebral. A afasia não é, no entanto, apenas uma quebra na capacidade de compreender e usar a linguagem, é algo que afecta os indivíduos de uma forma avassaladora, trazendo inúmeras implicações às suas vidas. A pessoa com afasia pode ver-se privada da compreensão e/ou expressão da linguagem falada e/ou escrita.
Numa tentativa de classificar os tipos de afasia, existem uma série de parâmetros a analisar:
Fluência do discurso: analisa-se o discurso do indivíduo de forma a classificá-lo como fluente ou não fluente. O discurso diz-se fluente quando existe: produção de fala fácil (sem bloqueios ou pausas anómicas); boa articulação dos sons da fala; débito normal ou superior ao normal; parafasias (palavras mal produzidas, quer seja pela substituição de sons, quer seja pela substituição total da palavra por outra) de todos os tipos; pouco conteúdo informativo. Por outro lado, o discurso diz-se não fluente quando: são produzidas frases curtas, estando presente muitas vezes o discurso telegráfico; existe estereótipo (repetição de uma única palavra ou som, sendo a única palavra usada no discurso); existe um bloqueio frequente no início do discurso; existem alterações prosódicas (entoação); existe um bom conteúdo informativo.
Compreensão: analisa-se a capacidade de compreensão auditiva de material verbal. A compreensão diz-se perturbada se o indivíduo não identifica objectos (que lhe sejam pedidos oralmente) e não compreende ordens simples ou perguntas de resposta “sim/não”.
Nomeação: analisa-se o grau de défice na nomeação, sendo que este tipo de défices está presente em todas as afasias – anomia, ou seja, dificuldade em produzir correctamente nomes.
Repetição: analisa-se a capacidade de reproduzir uma palavra dita por alguém. A repetição diz-se perturbada se o indivíduo não é capaz de o fazer.
Todos estes parâmetros devem ser analisados pelo uso de uma bateria de Avaliação, que contém uma série de provas para cada um deles, podendo concluir-se, através dos resultados, quais deles estão preservados.
Através da análise dos parâmetros acima referidos, é possível perceber qual o tipo de afasia que o indivíduo apresenta, de acordo com as características descritas na classificação das mesmas.
Mais à frente falarei dos diferentes tipos de afasia, da bateria de avaliação usada em Portugal e, claro, do papel do terapeuta da fala na reabilitação da pessoa com afasia.

Fonte:
Apontamentos da cadeira de PCIT III – Linguagem no Adulto, do 2º semestre do 2º ano, do ano lectivo 2004/2005.

Long time, no see!
Semana paradita esta.
No domingo baptizei as minhas afilhadinhas, que bem cheirosas devem ter ficado com a água da fonte dos leões :p Não há fotos porque uma das afilhadas foi embora antes da sessão fotográfica, mas hei-de tirar com elas, porque afinal já é tradição pôr aqui uma foto com as afilhadas (mesmo que só tenha feito isso uma vez, é tradição!).
A LGP continua a correr às mil maravilhas e continuam a ser as aulas melhores da semana! E graças a isso ando a fazer figuras tristes no metro a treinar os gestos :p
Venha mais uma semaninha... e trabalho, de preferência!