E hoje é um dia especial... não, não houve uma aula interessante nem uma boa nota recebida... é especial porque um Grande Amigo faz anos!!

Parabéns Emanuel!! =)

Hoje tivémos uma visita ao Laboratório de Audiologia, onde trabalha a professora da própria cadeira de Audiologia. Foi giro, estivémos a ver a sala onde se fazem os exames de audiometria (uma sala toda maluca, forrada a esponja, isolada para que não entre nenhum som para além dos que o próprio audiologista manda para fazer o exame) e também o audiómetro que é o aparelhinho que manda os sons à intensidade e à frequência que queremos testar. Fiquei chocada como se põe no ouvido de alguém um som a uma frequência de 4000 Hz (hiper-super-agudo), já nós ao ouvi-la ao longe não foi agradável quanto mais ouvir mesmo juntinho ao ouvido... Vimos também uma sala onde se fazem os potenciais evocados (os auditivos apenas), claro que mais uma vez não percebi o que raio é isto de potenciais evocados, já ando desde o ano passado para perceber... enfim. De qualquer forma foi uma aula diferente e bem mais agradável ;)

A modos que já recebi a frequência de Voz e o resultado foi... enfim, não foi mau, mas confesso que esperava um bocadinho mais, apesar de não me ter corrido como eu esperava. Enfim, nada a fazer!
E por falar em Voz hoje tivémos uma aula muito boa, aprendemos os exercícios que são usados nas paralisias das pregas, foi muito fixe andar a gritar "qui" enquanto nos mandávamos contra a parede e noutras situações que nem consigo descrever! Vale a pena acordar às 6h30 para uma aula destas ;)

Há tempos tinha prometido um post sobre Higiene Vocal e chegou o momento de cumprir essa promessa.
E perguntam vocês “o que é a Higiene Vocal?”. O termo “higiene vocal” pode ser definido como sendo um conjunto de normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e a prevenir o aparecimento de alterações ou doenças como, por exemplo, os nódulos vocais e os edemas. Estas normas devem ser seguidas por todos, mas em especial por aqueles que têm a voz como instrumento fulcral para a sua profissão. Aqui estão algumas dessas normas:

Postura
Uma boa produção vocal tem como base uma postura corporal adequada. No dia-a-dia assumimos muitas vezes uma má postura corporal: falamos, andamos e sentamo-nos de forma incorrecta. No processo de fonação uma má postura corporal cria zonas de tensão, principalmente ao nível do pescoço e costas, comprometendo o desempenho vocal, já que neste tipo de situação a voz é produzida com esforço.

Ambientes Poluídos e Ruidosos
Um tipo de poluição prejudicial para a voz é a poluição sonora. Se queremos comunicar oralmente na presença deste tipo de poluição precisamos de aumentar a intensidade da nossa voz. Considera-se este tipo de poluição causador “indirecto” de distúrbios vocais já que não é o barulho em si que provoca as lesões no aparelho fonador, mas o facto de na sua presença se aumentar a intensidade da fala para nos fazermos ouvir, esforçando as pregas vocais. Devem então ser evitados locais muito barulhentos e ruidosos tais como discotecas (sim sim, estou mesmo a ver a malta a deixar a sua noite por causa da voz... quer dizer, eu deixava na boa, já que eu adoro discotecas...), meios muito urbanizados e industrializados.

Gritar, Falar alto e rápido
O uso em demasia ou de forma inadequada da voz causa sobrecarga vocal, prejudicando as pregas vocais. O mau uso da voz refere-se a falar excessivamente, falar alto e rápido, gritar, usar voz muito aguda ou muito grave e praticar canto sem preparação adequada.
Gritar é uma das atitudes mais agressoras para as pregas vocais já que o ar passa nas pregas a uma velocidade muito elevada. Contrair a musculatura abdominal pode auxiliar mas não resolve a sobrecarga constante pela tensão muscular a nível vocal.

A acção dos fármacos
Certos fármacos causam algumas alterações nas pregas vocais que são prejudiciais à produção de voz. Alguns exemplos são analgésicos, sprays nasais e diuréticos.
(estas alterações surgem apenas com o uso prolongado destes fármacos, não vamos agora deixar de tomar medicamentos por causa das pregas vocais :p )


Álcool
Pois é amiguinhos, o álcool também não é o melhor amigo das pregas vocais. Para além de tudo o resto em que ele prejudica, tem um efeito analgésico sobre as pregas, ou seja, disfarça e mascara a dor propiciando abuso vocal, sem que este seja percebido. Importa saber que as bebidas destiladas como a vodka, uísque, conhaque e aguardente, são consideradas mais nocivas para a voz em contraste com as bebidas fermentadas como a cerveja, o vinho e o champanhe. Por isso malta, toca a beber cervejolas e vinho bom ;)

Café
O consumo excessivo de café tem um efeito diurético e desidrata as pregas vocais, por isso deve ingerir-se água após o consumo de bebidas com cafeína.

Tabaco
Quanto ao vício do tabaco, observa-se que as toxinas do cigarro irritam a mucosa das vias respiratórias, causando tosse, irritação e, na maioria das vezes, aumento de secreções. O tabagismo é o factor preponderante na incidência de cancro da boca, laringe, esófago, pulmão, estômago, próstata, bexiga, cólon e outros órgãos.
O fumo provoca um efeito nocivo sobre a mucosa da laringe, causando edema leve e inflamação generalizada por toda a extensão do tracto vocal.

Stress
O stress causa uma data de alterações na voz: esforço na emissão, dificuldade em manter a voz, cansaço ao falar, variações na frequência habitual, rouquidão, falta de volume e projecção, perda da eficiência vocal, pouca resistência ao falar. Por isso toca a levar uma vida calminha senão qualquer dia não piam :p

Hidratação
A hidratação é fundamental para proporcionar um bom desempenho vocal e um menor esforço durante a fonação. Se não houver uma boa hidratação há um aumento da viscosidade do muco da laringe, o que vai condicionar o desempenho vocal e levar a condutas impróprias e perigosas para a voz, como a tosse excessiva e o pigarreio no intuito de descongestionar a laringe.

E pronto, espero não vos ter maçado muito (isto ficou um bocado longo, agora que vejo bem as coisas...). Cuidem da vossa voz!! :-)

Fonte: Manual de Higiene Vocal realizado pelo XII curso de Terapêutica da Fala (que é como quem diz, a minha turma!) da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, no âmbito da Cadeira de Técnica Vocal, 1º Ano

Hoje tive uma aula de Linguagem na Criança muito interessante (e para eu dizer isto é porque foi mesmo muito interessante, já que normalmente acho essas aulas uma seca). A primeira parte da aula consistiu em elaborarmos uma lista de procedimentos para uma tarefa tão simples como tomar banho. Ou seja, tínhamos que definir todos os passos que uma criança tem que dar desde o momento que entra na banheira até ao momento em que põe o pé cá fora de novo. Há que definir todos os pormenores, desde o sítio onde está o chuveiro até ao tipo de banheira em questão. No caso exemplificado, a criança sofria de uma hemiplegia (dificuldades em movimentar a metade esquerda ou direita do corpo), o que tornou a tarefa muito mais complicada. Há coisas que não temos a noção de serem complicadas, quando na realidade são. O simples facto de a criança ter que se virar para molhar todo o corpo exige um grande esforço e muitos passos para que não acabe numa queda. A questão que fiz a mim mesma, e que mais tarde foi esclarecida pelas Terapeutas que nos deram a aula, era em que tipo de contexto um TF teria que dar indicações a uma criança para tomar banho. Concerteza não seria em contexto de sessão em gabinete, certo? O facto é que existem programas de avaliação e intervenção que incluem vários profissionais de saúde e também visitas ao domicílio. E para os pais da criança, um Terapeuta é sempre um Terapeuta, não interessa se é da fala ou ocupacional. Há muito mais para além de nos sentarmos num gabinete com uma criança e fazermos os joguinhos para que ela aprenda a produzir correctamente uma palavra ou uma frase. Há toda uma vivência da criança, todo um contexo à volta dela, e compete ao TF (e também aos outros profissionais envolvidos no programa) ter consciência de dificuldades para além daquelas que estão directamente relacionadas com a Fala e a Linguagem, e saber como gerir e diminuir (se possível) essas dificuldades.
A segunda parte da aula consistiu em três role-playings protagonizados pelas duas Terapeutas, nos quais uma delas fazia de Terapeuta e outra de criança, que estava a ser sujeita a um processo de avaliação através de um jogo (avaliação naturalista). Não vou estar a descrever cada um dos “casos”, apenas saliento que há muitas vantagens neste tipo de avaliação informal, uma vez que não se limita a descrever quantitativamente as competências da criança, como é feito nas escalas de avaliação formal.
Gostei muito, foi uma aula que permitiu crescer o meu espírito de pseudo-terapeuta :-)

A frequência de Voz foi um caos... e mais não digo. :x

Daqui a cinco horas acordo, a frequência de Voz é às 8h.
Sensação de dever cumprido? Not really. Dei o meu máximo para esta frequência, mas o que é certo é que este máximo devia ter sido mais, ou seja, o estudo deveria ter começado mais cedo, coisa que não foi possível graças aos trabalhos da semana passada. Resultado: muito tempo perdido em trabalhos que pouco valem (falo em termos de nota apenas) e pouco tempo dedicado a uma das cadeiras mais importantes e pior, a minha preferida. É triste.
Vamos lá ver como corre...

E hoje temos uma folguinha nas aulas, a professora de Fonética não pode dar aula e baldei-me à teórica de BB (eu sei que não me devia baldar, mas aquelas aulas são exactamente iguais às do ano passado, nem uma palavra muda!!) logo tenho o dia livre! Livre como quem diz, quinta feira há frequência de Voz, estou a aproveitar este dia para me aplicar na cadeira que tanto gosto ;)

Tenho que agradecer a todos os que desejaram boa sorte para a apresentação, por acaso até correu bem, foi um alívio! A parte má foi termos recebido o trabalho anterior (o da Anamnese) e a nota não foi muito boa, mas enfim, não pode ser sempre!
Agora por uns tempos acho que não há trabalhos, felizmente :)

Não tem havido actualizações por aqui, o trabalho tem sido muito.
Cada vez me convenço mais que os nossos professores devem achar que somos máquinas, já que chegaram ao ponto de nos darem duas semanas para fazermos dois trabalhos de grupo (para cadeiras diferentes, com grupos de trabalho diferentes) que nos sugaram todos os tempos livres que poderíamos ter. Tardes livres, horas de almoço descansadas para onde foram?! Vivemos duas semanas cheias de stresses e correrias que nos desgastaram (pelo menos a mim...). Ontem apresentámos um deles, na cadeira de Articulação Verbal. O objectivo era a elaboração de um Teste de Articulação Verbal e fazer um role-playing durante a apresentação. Até correu bem, os Terapeutas da cadeira pareceram gostar e a turma também. Um elogio especial à Sara que representou tão bem uma criança com incapacidade de produzir os "r" (eu até punha aqui a transcrição fonética dos dois, já que "r" é muito pouco explícito e engloba dois sons diferentes, mas não arranjo os símbolos da transcrição, por isso ficam os exemplos: a Sara não dizia o "r" tanto em carro como em cenoura). Valeu a pena todo o empenho nesse trabalho (apesar de tudo, foi o trabalho das PEÇAS!! :p) e também foi interessante assistir à apresentação de outros dois temas (Protocolo de Avaliação Oro-facial e Teste de Avaliacção Fonológica). Amanhã vem o pior, o trabalho de Linguagem na Criança. O objectivo é a análise de instrumentos de avaliação de Linguagem, no caso do meu grupo vamos analisar a Escala de Desenvolvimento da Linguagem de Reynell. Depois de tantos trabalhos apresentados (os do ano anterior e também já os deste ano) não era suposto haver ainda preocupações do tipo “será que vai correr bem, será que me vou explicar bem, será que vou gaguejar ou bloquear?”, mas o que é certo é que este tipo de pensamentos é constante... De quaquer forma lá estarei amanhã, como diziam hoje as caloiras, “para dar o litro!”

E quando se troca a ordem das letras de "Terapia da Fala" é este o fantástico resultado...

(foto do quarto da Nita)

Estive a tentar estudar Fonologia. Sim, tentar apenas, porque aquilo está a dar-me cabo do miolo. Que saudades da simples Fonética... agora com Troubetzkoys e Martinets estou tramada... já não posso ouvir falar de oposições e correlações... e o pior é que preciso de ouvir falar disso porque ainda não percebi patavina... HELP! :|